O auditório do Museu Julio de Castilhos ficou lotado para o debate do dia do historiador, organizado pelo Sistema Estadual de Museus do RS e o GT Acervos da Associação Nacional de História do RS, que trouxe como o tema a atuação dos profissionais de história nos museus com ênfase para as áreas de gestão e pesquisa, e ainda a pauta da regulamentação da profissão de historiador.
Diretora do Museu Histórico Farroupilha Angélica Panatieri
As boas vindas do encontro foram proferidas pelos Coordenadores do GT Acervos da ANPUH/RS, Everton Quevedo e Ana Celina Silva e o Coordenador do Sistema Estadual de Museus do RS, Joel Santana, como também da representação estadual da ANPUH pela Zita Possamai aos participantes.
Na primeira mesa, tivemos o debate sobre o tema “o historiador, a gestão e a pesquisa museológica” com a Diretora do Museu Histórico Farroupilha de Piratini, Angélica Panatieri, e a pesquisadora Letícia Bauer que tem trabalhos em museus no RS e SC. A historiadora Panatieri falou da sua atuação frente a gestão do museu, apresentando aspectos em que sua formação fortaleceu suas atividades na instituição, principalmente entre a gestão, a equipe de trabalho e a comunidade.
Já Bauer apresentou três de suas experiências de trabalho, uma em patrimônio e duas delas em pesquisas em museus (no Museu das Missões/RS e no Museu Victor Meirelles/SC) relacionando as especificidades e a importância de um trabalho de pesquisas nas instituições museológicas.
A Pesquisadora Letícia Bauer
O ex-Presidente Nacional da ANPUH/Brasil, Benito Schnidt (UFRGS) foi o palestrante da segunda mesa no encontro, e abordou sobre o projeto de lei da regulamentação da profissão de historiador que tramita no Congresso Nacional. Schmidt ainda ressaltou a importância da presença do historiador nos museus.
3 de agosto de 2013 A partir da 11h00 Museu Júlio de Castilhos, Rua Duque de Caxias, n.º 1231 Porto Alegre, RS
REABERTURA DO MUSEU JULIO DE CASTILHOS
O prédio principal do Museu Julio de Castilhos, fechado há 16 anos, sará reaberto em 3 de agosto, ampliando em quatro grandes salões, os espaços expositivos da instituição museológica mais antiga do Estado..
Herança Açoriana: Uma Festa Cultural
“LAÇOS AÇORIANOS: Povoamento e cultura no Porto dos Casais” Exposição temporária que busca ressaltar a importância histórica do povoamento açoriano na construção da cidade de Porto Alegre, disseminando e resinificando suas manifestações culturais, que criaram um laço identitário permanente no Rio Grande do Sul. Período de exposição: de 3 de agosto a 3 de novembro de 2013 Visitação: terças a sábados das 10 às 17h00 e com visitas guiadas e ações educativas: terças e quintas.
“AÇORES E O MITO DE ATLÂNTIDA” Espetáculo cênico com direção e concepção de Marcelo Restori Os açorianos e sua influência no imaginário e na cultura do Rio Grande do Sul. Uma simbólica coreografia perfomática com aéreos de rapel cênico e dança contemporânea sobre herdeiros da lenda de Atlântida – um povo oriundo de um arquipélago de nove ilhas, cercado pela imensidão do mar e constantemente ameaçado por tremores e erupções vulcânicas – de um lado a luta com a natureza, do outro a solidão e o desafio a aventura.
“FEIRA GASTRONÔMICA TASCAS AÇORIANAS” O GT em Gastronomia Regional organizou para o evento uma Feira Gastronômica denominada Tascas Açorianas, com os chefs de cozinha Carlos Kristensen e Felippe Sica, além da participação da Casa dos Açores, na elaboração dos pratos a serem servidos na feira, inspirados na rica culinária açoriana. A equipe da Cozinha do Palácio Piratini estará auxiliando os chefs e a Casa dos Açores de Gravataí na execução dos pratos na feira, que ocorrerá das 11 às 17h00.
ESPETÁCULO DE DANÇAS “Grupo de Danças Ilhas de Encanto”, do Instituto Isabel de Espanha de Viamão O Grupo de Danças do Instituto Isabel de Espanha foi fundado em 1981 pela professora Lucélia Adami Nunes, com o nome de Grupo de Danças Isabel de Espanha, com o objetivo de oportunizar as crianças da comunidade escolar a vivência da arte da dança. A partir de 1990 o grupo passa a se chamar Grupo de Danças Ilhas de Encanto, pois o folclore açoriano, uma das raízes da colonização viamonense, passa a ter destaque em suas apresentações. O desenvolvimento de atividades artísticas e culturais, através da dança, tem caráter formativo, aguçando nas crianças sua sensibilidade e espírito crítico, tornando-a mais confiante e participativa.
“GRUPO CANTADORES DO LITORAL” Espetáculo de música litorânea de influência afro-açoriana com LOMA, MÁRIO TRESSOLDI, NILTON JÚNIOR, PAULO DE CAMPOS e RODRIGO REIS. O grupo, fundado em 2001, passou a amar e respeitar a Música do Litoral (de influência afro-açoriana) desde que se integraram e deram continuidade ao trabalho de pesquisa iniciado pelos compositores Ivo Ladislau e Carlos Catuípe – são executantes da música como um todo, tanto da sua formatação erudita ou jazzística, como de suas manifestações populares e espontâneas.
Promoção: Associação dos Amigos do Museu Julio de Castilhos
Patrocínio: BANRISUL – Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Angelo Oswaldo é o novo presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). Sua nomeação foi publicada hoje (9), no Diário Oficial da União.
Desde a sua indicação, no mês de abril, Angelo Oswaldo vinha participando de algumas reuniões de trabalho com o intuito de se inteirar das atividades desenvolvidas pelo Ibram.
Hoje, o novo presidente participa, ao lado da ministra da Cultura, Marta Suplicy, de cerimônia de abertura da exposição A Herança do Sagrado, no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram, no Rio de Janeiro, que integra a programação oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013).
Quem é o novo presidente
Nascido em Belo Horizonte (MG), em 1947, Angelo Oswaldo de Araújo Santos é escritor, curador de arte, jornalista profissional, advogado e gestor público. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1971, e cursou o Instituto Francês de Imprensa, em Paris (1973-1975). Foi crítico literário do Diário de Minas e editor do Suplemento Literário de Minas Gerais.
Redator e editor da cultura do jornal Estado de Minas, colaborou com a Folha de São Paulo, na condição de editorialista. Foi crítico de cultura da Rede Globo Minas e colaborador do Jornal do Brasil. Colaborou ainda com o jornal francês Le Monde e foi consultor literário das Edições Gallimard em Paris.
Como gestor público, foi secretário de Turismo e Cultura da Prefeitura Municipal de Ouro Preto (1977-83), prefeito de Ouro Preto por três mandatos (1993-1996; 2005-2008; 2009-2012), secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais (1999-2002), presidente do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Cultura (2002) e ministro interino de Estado da Cultura do Brasil (1986 e 1987), na gestão do ministro Celso Furtado.
Foi ainda chefe de Gabinete do Ministério da Cultura (1986-88), presidente do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC), entre 1985 e 1987, e membro dos conselhos do Iphan (1994-2002), Fundação de Arte de Ouro Preto (1971-1981) e Patrimônio Cultural da Prefeitura de Belo Horizonte (1989-1992).
Em 2009, tornou-se presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas. Membro fundador da Rede de Cidades Barrocas da América Latina foi eleito vice-presidente para o biênio 2011-2012, em Puebla, México.
Curadorias
Na França e Itália, foi curador brasileiro da exposição Brasil Barroco: Entre o Céu e a Terra, no Museu do Petit-Palais (Paris, 1999-2000) e das mostras Brasil Barroco, no Carrousel do Museu do Louvre (Paris, 1998); Oratórios Brasileiros, no Palazzo Bricherasio (Turim, 2001); Sant’Ana na Coleção Ângela Gutierrez, no Museu Lascaris (Nice, 2005) e Pinacoteca do Estado de São Paulo (2003); Três Séculos de Arte Brasileira/Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo, no Museu Palazzo Reale (Milão, 2004) e Museu de Belas Artes de Rouen (França, 2005).
Exerce também a crítica de arte como curador, ensaísta, conferencista e membro de comissões julgadoras. Organizou e apresentou mostras de diversos artistas em Belo Horizonte (MG). Publica artigos em livros, jornais e revistas, no Brasil e no exterior. Participou de missões culturais na França, Alemanha, Israel, Noruega, Portugal, Bolívia, Cuba, Estados Unidos, Inglaterra, Chile, México, Itália, Chile, Argentina, Equador e Laos.
Foi condecorado pelos governos do Brasil (Ordem de Rio Branco), França (Legião de Honra e Ordem das Artes e Letras), Portugal (Ordem do Infante Dom Henrique) e Espanha (Ordem de Isabel, a Católica). É membro da Academia Mineira de Letras, sendo sócio dos Institutos Histórico e Geográfico do Brasil e de Minas Gerais.
No último dia do 13º Fórum Estadual de Museus do RS, quando o evento discute a importância da Carta de Rio Grande, na manhã desta quinta-feira, 13 de junho, na Casa de Cultura Mario Quintana, o secretário de Estado da Cultura, Luiz Antônio de Assis Brasil, entregou uma placa a José do Nascimento Junior, por sua atuação ao longo de dez anos na coordenação da Política Nacional dos Museus. Na ocasião também estava presente na mesa Simone Monteiro, ex-coordenadora do Sistema Estadual de Museus (SEM), de 2003 a 2011, que atualmente trabalha do Museu de Ciência e Tecnologia da PUC.
“Uma cidade sem museu é uma cidade sem alma. Qualquer cidade que eu visito, o primeiro lugar que vou é o museu. Ali posso avaliar o grau de civilização desta comunidade”, disse o titular da pasta. O escritor elogiou a atual gestão do SEM, na figura do ‘jovem idealista e engajado’, e espera que o próximo evento da área seja realizado na CCMQ, já restaurada, referindo-se ao processo pelo qual passará a instituição, iniciado esta semana. Também mencionou as obras em andamento, do Teatro da Ospa, e o reconhecimento do trabalho que José do Nascimento Junior prestou ao Brasil, durante uma década.
Para o homenageado, o evento, iniciado na última terça, “mantém a história do Rio Grande do Sul de mobilização dos museus, de ser vanguarda na política pública, que vem crescendo, com a ampliação de museus e cursos na área”, declara. Na opinião de José do Nascimento, isto ajuda muito a manter a política museológica ativa. Sob o tema “Políticas Museais: a Memória, os Avanços e a Contemporaneidade”, o fórum, em seu encerramento, na tarde de hoje, contemplará plenárias e deliberações dos grupos de trabalho.